Os Segredos escondidos no teu Corpo: O que a boca não diz, o corpo fala!

O corpo manifesta-se, fala, expressa as emoções que por vezes escondemos de nós mesmos. O corpo fala através de gestos, mímicas, contraturas, calor, tremor, dores de barriga, dores de cabeça, dores nas costas, tensão mandibular, alergias, enfim tantas e tantas demonstrações físicas.
Por exemplo, quando sentimos raiva, abrimos bastante os olhos, cerramos os punhos, travamos os dentes, encolhemos o corpo como quem vai dar um soco na outra pessoa. Quando sente isso muitas vezes, é natural que sinta também dores no pescoço, ou bloqueios nas costas, ou tensão mandibular, ou dor de cabeça por forçar os músculos da zona do maxilar.
Quando sentimos medo, arregalamos os olhos, olhamos muito mais para os lados e menos para a frente, sentimos o coração acelerado, o corpo frio. O sangue vai para o coração e vísceras, para encolher o corpo e proteger o coração e o pulmão do ataque do inimigo. Trememos, urinamos mais vezes, para defender o nosso território ou até defecamos no intuito de espantar o inimigo! O que vem a par com o medo? Taquicardia, suores, esquecimentos, metabolismo alterado, olhar desfocado (visão turva em relação ao futuro).
Quando temos tristeza, ficamos encolhidos, fechamos o peito, olhamos para baixo, baixamos a guarda, os batimentos cardíacos lentificam. Adoecemos de tristeza, o fígado fica congestionado, dores musculares de tanto contrair o corpo e muito mais.
Ou seja, cada emoção tem a função de preparar o corpo para desempenhar uma reação a essa emoção. Cada caso é único. Cada corpo reage de uma maneira específica e também cada um metaboliza emoções de uma determinada maneira.
E quando não vejo, não percebo, não sinto?! Significa que o corpo vai prendendo as emoções e os nossos órgãos vão ficando desconectados, em desequilíbrio, chegando ao ponto que pedir socorro.
Nem sempre há conexão entre o que expressamos verbalmente (geralmente, o que é esperado pela sociedade) e o que expressamos fisicamente. Podemos mentir, desempenhar papéis sociais, tolerar o intolerável... mas isso só acontece aparentemente, pois o nosso corpo expressa as emoções de forma genuína, porque as emoções são GENUÍNAS e incorruptíveis.
E como dizia Edward Bach: Quando não nos sentimos no nosso lugar, aparecem emoções negativas e se continuarmos fora do nosso lugar, aparece a doença.
Sentir tristeza, raiva, medo é normal! São emoções naturais. Mas não podemos ficar prisioneiros dessas emoções! Isso gera dor física real! Precisamos enfrentar as nossas dificuldades e resolve-las!
Por isso, faz esta auto-avaliação:
· Avalia o teu corpo.
Tens tido dores musculares? Dor de cabeça? Ombros tensos? Hiperacidez estomacal? Maxilares contraídos? Em que momentos é que o corpo sofre? O stress alcançou um nível excessivo?
O corpo pede ajuda.
· Avalia as tuas emoções.
Tens sentido apatia? Vontade de fugir de tudo? Tédio, desinteresse? Raiva? Ansiedade?
Quando os sentimentos estão confusos e num turbilhão, é difícil ser feliz.
· Presta atenção aos teus relacionamentos.
Tem tido irritabilidade? Vontade de não conversar com amigos? Desilusão com todos?
Quando em stress excessivo, os relacionamentos ficam afetados.
Se tem observado estes indicadores com frequência e já sente que afetam diferentes contextos da sua vida, é tempo de cuidar de si e, se necessário, recorrer a ajuda profissional.
Por Isabel Fernandes: Psicóloga, membro efetivo da OPP, fundou a AGE para a Gestão Emocional, abordagem que integra corpo e mente, com a missão de potenciar e capacitar as pessoas para a utilização de recursos internos eficazes para ser/estar de forma saudável e feliz. Com métodos com resultados comprovados pela Neurociência, criou programas específicos dirigidos a Ansiedade e Medo, Gestão Emocional, Desenvolvimento da Auto-Estima e Auto-Confiança e para o Sucesso no alcance de objetivos. Atende presencialmente e online e desenvolve workshops e formação para o desenvolvimento pessoal, gestão emocional, promoção de saúde emocional e bem-estar integral.